O passado sempre presente na vida dos negros. |
Como disse antes sou pós graduado em História da África e do Negro do Brasil, pela Universidade Cândido Mendes, Rio de Janeiro. Quando fiz o curso aprendi coisas, que não são ensinados nas escolas e nem graduação e fiquei muito surpreso o que foi ensinado no curso.
Uma das coisas que mais foi comentado no curso, o porquê do negro não subiu socialmente, como foi as outras raças? E a resposta foi unânime no curso, foi que a história vitimizou o negro, fazendo com que fique sempre preso no passado, impedindo assim o seu desenvolvimento social.
Quando vitimiza um grupo, esses indivíduos ficarão estagnados, pois já nasceram estigmatizados pela sociedade. Fala-se tanto em racismo, que já relacionaram os negros como símbolo de dor e sofrimento, pode reparar que quando os grupos sociais como exemplo, gays, lesbicas, deficientes, etc sempre se compara com os negros.
Esse pensamento social acaba destruindo a auto estima do negro, pois ele sempre é associado com pobreza, doença, miséria, etc ou seja a tudo que não presta.
Fazem filmes como “Cidade de Deus”, “Tropa de elite” etc com a finalidade de mostrar a “realidade” dos negros que mora nas comunidades. Ninguém precisa mostrar a realidade para eles, pois eles não precisam de filmes, pois a vida já mostra para eles.
Isso já destroem a auto estima deles, pois o jovem negro irá pensar: “esse que é o meu destino, ser traficante, tomar tapa na cara da polícia, ser preso e no final tomar tiro na cara, para ser enterrado com indigente?”.
Porque não ensina para pessoas de comunidades carentes, que na vida sempre existe a segunda opção, por mais difícil seja a vida existe a segunda opção. Não porque você nasceu numa comunidade carente, que é negro, que já nasceu estigmatizado em trabalhar em sub empregos e ser visto na sociedade como “coitadinho”, nunca permita ser visto assim.
Mulher negra: o simbolo máximo do sofrimento |
Eu já sofri muito preconceito na vida e aprendi superá-la e sei que estou falando. Fui atropelado e perdi a fala, ficando praticamente mudo (força de expressão, eu falava, mas ninguém entendia nada) e sempre sentia pena de mim mesmo.
Até que um dia ouvi de um mestre espiritual: “nunca se considere vitima das circunstâncias mesmo sendo, não se considere vitima. Senão ficara preso numa prisão psicológica, uma espécie de prisão sem muros”. Segui o seu ensinamento e superei.
Você que é negro nunca deixa as pessoas te associar ao sofrimento, senão sentira pena de si mesmo, que levara a destruição. Conheço muitos negros, que se drogam, álcool, crises existenciais, depressão, etc por não aceitar a cor da sua pele. Não permita que seja associada a dor e ao sofrimento.
O jornalista Márcio de Andrade é pós-graduado em História da África e do Negro do Brasil pela Universidade Candido Mendes, RJ.
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