sexta-feira, 15 de setembro de 2017

O amor não existe.

Não existe amor, o que existe é a gratificação dos sentidos.
Na minha vida tive vários amores, mas somente duas marcaram a minha vida, uma quando tinha 21 anos de idade, que acabou casando com outro homem com status superior ao meu, que passar do tempo, matou o próprio filho e em seguida cometeu suicídio;  a outra mulher conheci com 24 anos de idade, essa era estudante de medicina, mas a família dela não deixou se relacionar comigo. Ambas as mulheres, eram 1 ano mais nova do que eu, e  engraçado de tudo era do mesmo signo do que o meu. Não acredito nesse negócio de signo, mas tinha percebido que as mulheres que tiveram mais influência em mim, eram do signo de leão. Coincidência ou não, trouxe muitas consequências desagradáveis na minha vida. De todas as mulheres que amei na vida, foi sem dúvida essa estudante de medicina, sofri durante 16 anos, sempre se lembrando dela todos os dias. Já estava paranoico, pensando que iria levar essa mulher no meu pensamento até o final da minha vida. Já escrevi sobre ela, nas “Histórias das Minhas ex”, relatando que passei um verdadeiro inferno terrestre.

Engraçado hoje andando na rua, veio na minha mente um pensamento involuntário, estava pensando nela, e de repente a vejo na rua e a chamei. Tenho 44 anos de idade, estou conservado e tenho o corpo em forma, ela tem 43 anos de idade, já está velha e acabada. Fiquei impressionado como ela está acabada, parece que enlouqueceu, não fala direito, toda reprimida, não vive, e a sua vida é somente dentro do hospital. Quando olhei para ela, está bem pior da última vez que a vi, a cada ano a aparência dela piora, acredito que seja por causa da profissão dela, onde trabalha em 4 hospitais, ficando mais tempo no trabalho do que na própria casa, convivendo somente com o sofrimento das pessoas, doenças, mortes e o desesperos dos familiares do paciente.

Soube que depois de mim, nunca mais teve alguém, ela ficou com trauma de relacionamento, mas a culpa não foi minha, mas sim da família dela, principalmente da mãe, dizendo para ela não namorar comigo, porque era pobre e sem estudos. Ela seguiu o pensamento da mãe, mas pagou um preço muito caro por isso.

Quando encontrei com ela hoje à tarde, deu um curto circuito na minha mente, porque sempre tive a sua imagem na minha cabeça, da época que nós ficamos (não posso dizer que foi namoro, porque ficamos apenas um mês e não transamos), tinha um corpo e uma beleza sobrenatural, parecia Deusa Afrodite, ela não nasceu, foi desenhada pelas mãos de Deus. Quando a beijava, parecia que estava beijando uma ser divina, sentia no fundo da minha alma. Quando me acariciava ficava arrepiado, quando abraçava parecia que formava somente um ser. Mas, a imagem dela hoje em dia não corresponde com do passado, está velha, acabada e com cara de louca.

Ao longo desses anos, sempre aparecia pensamentos involuntários, acreditando que no futuro poderíamos viver o nosso amor, que sofreu uma ruptura, por causa de terceiros, mas vendo-a  nos dias de hoje, ocorre uma confusão mental, porque  carregava a imagem dela do passado, que não corresponde mais nos dias atuais. Deixei-a ir embora, e não pedi o contato dela.

Esse evento me trouxe uma reflexão, “Será que era apaixonado por ela, ou era apaixonado pela imagem dela?”, “O que mais marcou a minha vida, foi a sua beleza, e não a sua pessoa?”. Na realidade era apaixonado pela imagem e beleza dela, tanto que nos dias de hoje, está feia e acabada, não corresponde à imagem do passado.

Lembro que na época do Senhor Budha, ensinava para os seus discípulos, como vencer as paixões, ele falava para os homens, quando ver uma bela mulher, começar enxerga-la envelhecendo, visualizá-la com rugas, cabelos brancos, peitos caídos, pois a sua beleza não é para toda vida. A força da mulher está somente na sua juventude, justamente no período que os homens possuem uma mente fraca com pouca vivência, tornando a vida de muitos jovens, um verdadeiro inferno terrestre.

Nos Vedas existem várias passagens falando sobre isso, reza à lenda, um homem se apaixonou por uma belíssima mulher, e a pediu em casamento. Então a bela moça pergunta para ele, porque estava pedindo em casamento, então responde que era por causa da sua beleza exuberante. Então a mulher sábia, disse que ira pensar na proposta, que deveria voltar dentro de 3 semanas. O homem sem entender nada, aceitou o pedido da moça. Durante nesse período, a mulher tomou os piores purgantes, parou de comer, provocava vômito, etc.

Depois que passou as 3 semanas, o homem volta, e vê a sua amada extremamente magra, com péssima aparência, segurando um saco de excremento e vômito, então pergunta para ela, o que tinha acontecido, e ela responde: “Esse saco de excremento e vômito era minha beleza. Se parar de comer, ou ficar doente a beleza desaparece. O corpo é podre, composto de fezes, urina, catarros, etc, assim como a própria beleza. As pessoas amam somente a beleza e não a pessoa, pois se me amasse, me aceitaria como estou agora. Beleza não é para sempre, pode acabar a qualquer momento. A minha beleza está dentro desse saco de fezes e vômitos. Por isso, que a sociedade sofre, pois a beleza provoca muito sofrimento nas pessoas! Por isso que existe o cativeiro das paixões!”.

Essa história reflete muito sobre a minha vida, principalmente com a história dessa médica, que a imagem dela atual não corresponde com do passado. Às vezes a imagem dela do passado me incomoda, mas não posso fazer mais nada, pois já passou 19 anos, estamos vivendo agora uma outra realidade. Mesmo querendo ficar comigo, não ficaria com ela, como disse antes, está feia, velha e acabada, pois foi ela que escolheu o seu próprio destino. Se você é jovem, já sofreu decepção amorosa, imagina como vai ficar a sua amada daqui a 20 anos, velha e feia, se você iria ficar com ela, aposto que não. Então Confrades, aprenda enxergar o futuro, veja a sua amada já velha e acabada, porque você não é apaixonado por ela, mas sim pela sua imagem.

Sejam Felizes e Superam as Paixões!

Márcio de Andrade