quinta-feira, 4 de abril de 2013

Um pouco da minha vida


Falando um pouco da minha vida sempre fui disciplinado e educado pelo budismo Therevada  (hoje em dia não sou  mais) e pelas filosofias orientais. Fui 16 anos budista e estudei para ser monge, onde ia me ordenar no Sri Lanka. Nesse período também estudei outras religiões orientais como taoísmo, hare krisna, ten tao, pois os ensinamentos são praticamente a mesma coisa, só muda a disciplina e alguns pontos de vista.

Assim que era minha vida todas as noites quase 10 anos
(foto retirado na internet)
Quando tinha 16 anos fui praticar dança de salão e dança contemporânea (aprendi outras modalidades de danças, mas esses dois são o meu forte. A dança também me ajudou muito na melhora da fala)  e frequentava muito as aulas de academia. Na década de 90, foi o auge da dança de salão (melhor época, quem não aproveitou aquela época, já era) quase todos os bailes eram de graça ou muito barato (como nos dias de hoje, uns 3 a 5 reais).  Ganhava muito convite, então eu ia aos bailes de domingo a domingo, as vezes até 2 bailes diferentes por noite. Adquiri muita experiência na vida noturna, onde foi a minha desgraça. Foram quase 10 anos assim, indo aos bailes de domingo a domingo, onde conhecia inúmeras mulheres por noite.

Engraçado que sempre fazia sucesso entre as mulheres, parecia  artista de cinema, as mulheres tinham ataques de histeria, quando me viam.  Tinha corpo atlético, tenho 1,78 de altura, educado, boa aparência, pois até da minha  fala elas gostavam.  Teve até casos de atrizes  da Globo, filhas de pessoas famosas, se jogavam em cima de mim, mas tinha um defeito enorme, era duro.
Como falei em outro post, que sofri um atropelamento que afetou a minha fala, por causa disso na época não consegui arrumar um emprego. Tentava de tudo, mas o preconceito contra o “deficiente” era grande, então sempre perdia a namorada, por não conseguir um trabalho.

O preconceito sempre tirei de letra, para mim era uma coisa que não existia, nunca fiquei preocupado de ser aceito pelas pessoas, porque sempre aceitei a mim mesmo. Sempre fui destaque no que fazia, mas devido a minha fala, era dispensado antes mesmo de começar. Costumo dizer que o preconceito era fichinha para mim, mas senti mesmo a dor do preconceito quando fui desprezado pela mulher que amava.

Sempre era substituído por homens que tinham dinheiro, elas me largavam friamente e iam morar com outro homem. Devido a isso sofri uma depressão que durou mais de 10 anos, a minha vida ficou uma porcaria, onde conheci até mesmo a loucura.
Qual a coisa mais importante, ter a pessoa
amada ou superar as paixões?
Uma vez o meu mestre Venerável Vipassi chegou para mim e contou a história do Budha:
- Márcio quero te contar uma história do Budha sobre as paixões. Uma vez estava o Budha com o seu discípulo, e de repente aparece uma mulher bonita e gostosa. O discípulo deixa o seu mestre sozinho e foi correr atrás da mulher, então ele olha para trás e vê o iluminado com cara de decepcionado,  e resolve voltar, então o Budha fala: “Qual a coisa mais importante, ter a pessoa amada, ou superar todas as paixões, se tornando independente emocional? Pois mesmo tendo a pessoa amada, isso não irá durar para sempre, e quando acabar te ocasionará sofrimento”.
Então o monge pergunta para mim, qual dos dois caminhos que quero seguir.  Lutar incansavelmente para ter a pessoa amada ou superar as paixões. Claro que optei pela segunda opção.

A vida de boemia me ensinou muitas coisas, principalmente relacionado às paixões, pois aprendi na prática, que é uma coisa que não existe, são apenas processos de condicionamento. 

Falo isso porque quando era novo já me apaixonei milhares de vezes, já tinha perdido até as contas, mas percebia quando eu me apaixonava  e fazia  um esforço para esquecer a pessoa, de imediato sempre apaixonava por outra, ou seja, quando esquecia de uma, automaticamente aparecia outra para apaixonar. Ou seja, você não é apaixonado pela sua amada, isso é apenas uma crença, um condicionamento e necessidade da mente em se apaixonar por alguém.

São crenças que colocam em nossas mentes, paixões são ilusões e fantasias da nossa mente condicionada, olha para dentro de si mesmo e reaja a esse sentimento maléfico ,que esta corroendo a sua alma. Adquiri uma experiência extraordinária nessa área, afirmo que o amor e as paixões não existem, pois o único verdadeiro amor é por si mesmo, e não por outra mulher. Sejam felizes e superam as paixões, assim como eu superei!
Um abraço a todos.

Trabalho sobre o feminismo